No mesmo momento em que Lula voava para a Arábia Saudita, na sexta-feira, primeira etapa de sua viagem de nove dias que contempla ainda uma passadinha esperta pela Turquia, o governador Aécio Neves, em cerimônia na Associação Comercial do Rio de Janeiro, discursava dizendo que o futuro não apenas absolverá todos os presidentes desde Itamar Franco, como os julgará farinha não, pérolas do mesmo alvissareiro período histórico de avanços políticos, sociais e econômicos.
Aécio, ao elogiar aspectos dos presidentes que estariam configurando uma unidade administrativa para a visão futura da história, não deixou de botar o dedo na ferida. Apesar dos avanços, apontou ele, existem atrasos em questões prementes que são as reformas. Disse o governador mineiro que o sucesso dos últimos governos federais "não deve apagar a vontade do povo de continuar mudando o País". Defendendo uma disputa light entre o seu PSDB e o PT de Lula, Aécio disse: "Devemos à nossa gente respostas capazes de tirar do papel as reformas imprescindíveis, que ficaram pela metade, como a da previdência e a tributária, e aquelas que sequer foram debatidas com a profundidade necessária, como a trabalhista e a política".
Aécio elogia Lula e finge que esquece José Serra, seu verdadeiro adversário interno. Política do café com leite, com leite careca parece que não dá mais pé... Serra é motoserra, ainda vai cortar o próprio pescoço ou bico tucano sonhando com o Planalto... Dólar a 4 reais, ninguém esquece que o atual governador de São Paulo tocou terror no mercado diante da iminente e consumada vitória de Lula na eleição do primeiro mandato.
By Alfredo Herkenhoff
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