segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Edir Macedo e Lina Vieira, o Brasil de Cajazeira


Quem odeia a religião dos outros é o Coronel Edir









Dilma
Rousseff
Marina Silva
Heloísa Helena
Assim se Passaram Sete Anos

Coluna das Notícias para Pensar *


Edir Macedo disse que a Globo tem medo de que a Rede Record vire a líder de audiência.

Expectativas sobre a audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, nesta terça-feira, com a presença da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, tentando provar que se encontrou com a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em fins de 2008, numa reunião no Planalto em que a Mãe do PAC teria pedido rapidez ou encerramento das invetigações fiscais em torno de Fernando Sarney, integrante da família política e econômica capitaneada por José Sarney.


Edir Macedo disse que ficou alegre em ser mais uma vez chamado de chefe de quadrilha.

Os senadores da oposição, a maioria operando pela candidatura do tucano José Serra para a sucessão de Lula ano que vem, querem fritar Dilma, pegá-la em contradição, envolta quem sabe numa mentira. Aliás, este Correio da Lapa postou texto indagando qual das duas mulheres estaria mentindo, minutos depois que a Folha de S. Paulo anunciou entrevista com Lina Vieira falando do encontro, quase dez dias atrás...


Edir Macedo disse que poderosos têm medo de que ele se torne presidente do Brasil.


Na quinta-feira passada, foi pedido ao Gabinete de Segurança Institucional o registro das pessoas que entraram e saíram do Palácio do Planalto em novembro e dezembro. O Gabinete adiantou que não dá lista para preservar a privacidade das pessoas, mas sofrerá pressão para pelo menos dizer se Lina foi lá e se esteve com Dilma.



Pobre presidenciável Dilma, com um único cabo eleitoral, o presidente Lula, ela sofre ameaças de todo canto, além do próprio câncer com radioterapia. Sofre a pressão velada do PMDB acuado, de Marina Silva, a pré-candidata Indiazia do Acre fazendo o jogo, sem querer, para Serra, tão burrinha... E sofre uma pressão da eterna rebelde Heleninha do Paiol, a ex-petista que, quando senadora, só faltou apontar o dedo em riste contra Henrique Meirelles então sendo nomeado para a presidência do Banco Central.


Lá se foram sete anos... Meirelles foi elogiado dias atrás por Lula como o melhor candidato ao governo de Goiás.


Edir Macedo disse que tem raiva de religião, que as guerras foram travadas em nome de religiões.


Heloísa Helena, a Heleninha, com sua pureza da camisetas e blusas brancas, vereadora de uma modesta cidade, sonhando em repetir não aquela campanha cínica do caçador de marajás, mas a da perseguidora da moralidade.


E Ciro Gomes, fumante, querendo o lugar do não-fumante Serra... E Sérgio Cabral, fumante, querendo ficar na dele, que pode concorrer ainda a um segundo mandato, isso se o cavalo do acaso não lhe sorrir exibindo a sela forrada...


E Aécio Neves, o Playboy, fazendo um excelente governo em Minas Gerais, meio em cima do muro...


Edir Macedo não disse que trabalhava na Loterj, velho braço político do governo do Estado do Rio para assuntos de probabilidades, jogos legais e ilegais, além de outras jogadas.


Domicílios eleitorais terão de ser definidos um ano antes da eleição do sucessor de LUla, ou seja, em fim de setembro. Assim, em outubro, já se terá um quadro melhor da campanha de 2010 iniciada de fato no primeiro semestre deste 2009.


Edir Macedo não disse que a Igreja Universal é uma religião vorazmente dizimista, agressiva nos negócios, intolerante como outros credos e outras religiões.


E o pedido da OAB nacional, uns dez dias atrás, para que todos os 81 senadores renunciassem e, a toque de caixa, o Brasil promovesse uma reforma constitucional com novas eleições etc? Não foi nem levado a sério. Não teve nenhum macho político para renunciar? Faltou vontade? É difícl largar a rapadura. Nem as coitadas das três irmãs serventes, servidoras e serventuárias do Coronel Sucupira, o velho e saudoso Paulo Gracindo, escapariam de um dilema tão fácil. Entre a ética e o poder, ficar com o mais gostoso.

O acordão woke up.


O Correio da Lapa nunca endossa fechamento de questão tipo Fora Sarney, nem de Fora Arthur Virgílio, apenas lamenta que assim se passaram sete anos e que o imbecil é quem diz não e afirma que o programa Bolsa-Família é uma política de caça-voto de 10 milhões de famílias rodando a bolsinha da miséria quase absoluta.

Não existe coronelismo no Brasil. Qualquer semelhança com o coronel da República de Sucupira, o Edir, o Sarney, o Virgílio e o Lula não passa em branco... Pelo menos aqui... Ai! Ai!




Edir Macedo não disse que a Igreja Universal Dele e a Rede Record são a mesma empresa, e dele.



Edir Macedo não disse que mora em Miami porque lá também é lugar de bacana que não corre risco de sequestro como correria no Brasil ou na Colômbia. Pobre é para pedir: ou dá ou desce... Desce aos infernos, que são os outros... Ui! Fui!

* Por Alfredo Herkenhoff