quarta-feira, 30 de maio de 2012

O futuro de Brasília


Que Saco! O Brasil instado a pensar que mentiu ou o ex presidente do Supremo ou o ex da República!
Que Saco! Gilmar e Demóstenes voando pra baixo e pra cima, viagens que não engrandecem a República!
Que Saco! Sessenta mil telefonemas grampeados em Vegas e Monte Carlo com uma ordenzinha  judicial que fica a um milímetro da ditadura ao sabor de magistrados amigos do estilo PF e MP.
Que Saco! De cada 300 prisões que efetua em São Paulo, a polícia deste Estado mata uma pessoa. Nos EUA, a morte ocorre uma vez a cada trinta mil prisões com o clássico: tens o direito de ficar calado e tudo o que disseres poderá ser usado contra ti.
Que Saco! Abro o Facebook uma vez por dia e vejo todo dia que um monte de gente quer convidar pra endereços e eventos, mas não quer receber convite.
Que Saco! Botar um pé no Pão de Açúcar, outro no Corcovado e lavar rusgas e rugas na poluída Enseada de Botafogo.
Que Saco! A Rede Globo censurando hoje, literalmente, a palavra Olimpíadas de Londres, que começam daqui a um mês, com a participação do Brasil de Neymar que joga hoje contra os EUA, cuja Seleção venceu os últimos quatro jogos.
Que Saco! A demora em demitir Joel Santana do Flamengo, e o clube contratando mais um atacante quando todo mundo sabe que o problema nosso é a zaga.
Que Saco! Seca no Rio Grande e Dilúvio em Manaus!
Que Saco!  Um País de Merda e uma população sem ânimo pra estabelecer direitos e zelar por eles.
Que Saco! Quase 90% dos trabalhadores do Distrito Federal estão recebendo seus provimentos da Folha Pública. Brasília, como previu o extrema direita Carlos Lacerda (ex-comunista): O Cerrado, naquela distância, será um celeiro  de bandidagem.  Ou como previu, na mesma linha, um assessor do general Costa e Silva, presidente na ditadura militar e que não gostava da nova capital e que perguntou ao subalterno em 1969: Mas qual é o futuro de um lugar como este? E o assessor disse ao  general que pouco depois  morreria no cargo: "Vegas, presidente, Vegas!" 
By Alfredo Herkenhoff

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Colapso de audiência do Fantástico produziu o Xuxa Business

O colapso de audiência do Fantástico produziu o Xuxa Business. A emissora que escondeu os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara quatro anos depois de realização do mesmo evento no Rio de Janeiro, agora esconde as Olimpíadas de Londres, que começam mês que vem, quatro anos antes de o Rio produzir o mesmo evento. Como o Macedo, o bispo ateu, não está à toa em serviço, já comprou o Pan de 2015, e como a Globo pode mostrar as Olimpíadas de Londres nos canais 39, 38, 37 e 36, melhor que abrisse logo o cabo para ex-assinantes, melhor liberar geral para a Gatonetlândia em favelas e cidades-satelélites.
Mais lamentável do que a dolorosa via crucis de Xuxa rumo ao altar da autocelebração são esses jornalistas e meios de comunicação buscando seriedade a partir de um depoimento grotesco de tão autoindulgente.
Xuxa faz propaganda da Arisco mas não come enlatado. A rejeição do pai, a psicanálise, tudo que é relevante para traumas infantis ficando em terceiro plano. O Rei do Pop lhe oferecendo uma pipoca e ela a insinuar que a consoante era outra.
Não achei graça, não tive pena. Nem sei se acreditei. (Por Alfredo Herkenhoff)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Unilever tem o azeite doce Gallo e a doce Ana Maria Braga


Outro dia levei uma bronca de um colega desinformado numa mesa de bar, estava ótima a confraternização. Eu disse, no meio da turma, que a Unilever era um dos maiores anunciantes de TV do mundo, que esse grupo inglês/holandês era quase tão poderoso quanto o norte-americano PeG. Mas, ligeiramente tocado pelo levedo, o cara me agrediu me chamando de jornalista idiota que não sabia o que dizia, porque o azeite Gallo era de Portugal e distribuído pela Cargill e tal. Caraca! Não deu pra explicar a ele que a Unilever, multinacional com mais de 150 mil funcionários, comprara 55% do grupo português Jerônimo Martins em 2007 e com isso levando o maravilhoso azeite doce a aumentar a riqueza de suas marcas.

A Unilever, que é dona até da doce Ana Maria Braga e do sabão OMO, o mais caro nas prateleiras, também nos vende os seguintes produtos, dentre muitas outras marcas:

No setor de alimentos:

AdeS
Arisco
Becel
Karo
Doriana
Hellmann's
Knorr/ Cica
Maizena
Lipton Ice Tea
Slim-Fast
Kibon no Brasil, Olá em Portugal)
Chokito
Alsa
Ben&Jerry
Calvé
Flora
Azeite Gallo
Planta
Tulli Creme
Vaqueiro

No segmento dos produtos de higiene:

Ala
Brilhante
Cif
Comfort
Minerva
Omo
Surf
Skip
Fofo

Na higiene pessoal:

Axe
Clear
Close Up
Pepsodent
Dove
Gessy Cristal
LUX
Rexona
Seda
TRESemmé
Vasenol
Vinólia
Lifebuoy


 Enfim, nunca mais toquei no assunto Azeite Gallo como também nunca mais o fez meu colega que estava um tanto quanto desesperado na calçada do Bar dos Itallanos, em Botafogo.

Quando o vir de novo, vou provocá-lo com outros brands... A cachaça mais cara do mundo não é a Anísio/Havana como tantos propalam por aí na internet. A mais cara se chama “Santa Cana” e é uma exclusividade do Restaurante Aprazível, em Santa Teresa, no Rio. Pena que a Santa Cana esteja em extinção, isso é, quando acabar o atual estoque, acabou, não mais existirá, mas haverá seus sucedâneos, aliás, já existem os filhotes de velhos barris de carvalho onde foi encontrada a preciosidade, a raridade em extinção. Provei e gostei, mas pelo preço, 50 reais a dose, tipo pequena, tipo na fita, não provo mais. Vai acabar antes que eu receba novo convite para saboreá-la. Uma pena e uma absolvição...
 Por Alfredo Herkenhoff – Correio da Lapa, Rio de Janeiro, maio de 2012 –

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Dilma e Lindbergh se fortalecem com a CPI Mista


 

Polícia Federal e o Ministério Público
 pregaram uma peça no Congresso  

 
O deputado federal UNEANIANO Lindbergh Faria, ex-prefeito de Nova Iguaçu (na Baixada onde ele pouco permaneceu) e que anda martelando contra a sanha arrecadadora e sombria do ECAD, está ganhando uma chance de ouro de se eleger governador do Rio sucedendo a Sérgio Cabral, totalmente enrolado com jovens milionários que andaram florescendo na esteira de contratos com Petrobras, BNDES, PAC e obras de emergência, estas que não requerem licitação.

A Policia Federal e o Ministério Público Federal pregaram uma peça no Congresso Nacional, soltando à la Assange Wikileaks gotinhas de áudio com autorização judicial nas quais o foco parecia incidir inicialmente apenas sobre o escroto senador moralista Demóstenes Dem-Sem Partido, ou hoje com o Partido Próprio, ou de partida pro opróbrio mais execrável. E o conta-gotas da Operação Monte Carlo da Polícia Federal foi trazendo a lume um senador tucano, o suplente Ataíde, um governador Perillo de Merda Goiana PPPP, um governador Anvisa-petista no DF-Faz-Me-Rir, o Agnelo Anti-Cordeiro de Deus e o Cabral que descobriu o PMDB Total.

Agora a CPI Mista está às voltas com o Caos dos Amigos. Pano de fundo: ao contrário do Mensalão, suavizado na undécima hora pelo surgimento do mensalete tucano dos anos 90, o atual escândalo fortalece Dilma Rousseff. Ele já treinou a sua machadinha demitindo sete ministros em sete meses para galgar 77 pontos de popularidade integral. Se Dilma topar no estilo de punição eslava, qual búlgara pedetista, com apoio do adolescente ministro neto de Leonel de Moura, passar fogo no atual ninho da Robauto Nacional, vai entrar pra História como redentora do processo democrático. Assegurem-se os diretos de defesa de todos os acusados e suspeitos.

Mas já não vejo muita diferença em reconhecer Charlie Waterfall como um ministro de fato e dos direitos e das obrigações pecuniárias nos contratos com o Poder Público, e o Gilmar Mendes como uma cachoeira de solicitações tão judiciais quanto judiciosas.


Se por causa de um dissidente cego em Pequim o Grande Palácio do Povo desafiou ontem a Casa Branca e ameaça hoje a reeleição quase certa de Obama, imagina o que aconteceria se o Brasil fosse a China: nessa altura do campeonato, a população do Plano Piloto estaria diminuindo, literalmente.

A propósito, pra melhorar o Brasil, duas sugestões: a primeira é uma reforma tributária pra valer: cobrar mais impostos do patrimônio, especialmente da riqueza não produtiva, e menos da renda, isto é, dos salários e ganhos por serviços prestados. E a segunda sugestão: não é tirar de Brasília o status de Capital, mas promover um rodízio ou uma repartição. Exemplos dessas possiblidades: Brasília seria capital do Judiciário, Rio de Janeiro, do Poder Executivo e Sampa, do Legislativo. Se Brasília chiar, como dever chiar uma cidade corrupta em que quase 90 pct da mão de obra recebe pela folha do Poder Público, poderia pelo menos estender a sua solidariedade às cidades-satélites. E assim, a capital do Poder Executivo poderia ser Luziânia, a capital do Legislativo passaria a ser Tabatinga e o Judiciário ficaria lá mesmo diante do Palácio do Planalto. Essas capitais seriam temporárias. Por apenas oito anos. Será que melhoraríamos?

Plano Piloto, meio milhão de apaniguados cercados por 3 milhões de favelados. O sonho de Dom Bosco não vingou, virou pesadelo, virou crack e corrupção. Até quando vai abusar da patientia nostra, ó DF, Capital Horrorosamente Corrupta?

Na foto, mera ilustração, botada na net pelo nada inocente Garotinho, Fundamentalista e Fundamentalmente anticarioca, vemos Delta Cavendish num carnaval particular com dois poderosos secretários estaduais do Rio, o da Saúde, Sérgio Côrtes, e o de Governo, Wilson Carlos. Farra em hotéis e restaurantes na Cidade-Luz, os mais luxuosos do mundo, a exemplo do que rolaria pouco depois em Monte Carlo.


Por Alfredo Herkenhoff
Correio da Lapa