quarta-feira, 16 de maio de 2012

Unilever tem o azeite doce Gallo e a doce Ana Maria Braga


Outro dia levei uma bronca de um colega desinformado numa mesa de bar, estava ótima a confraternização. Eu disse, no meio da turma, que a Unilever era um dos maiores anunciantes de TV do mundo, que esse grupo inglês/holandês era quase tão poderoso quanto o norte-americano PeG. Mas, ligeiramente tocado pelo levedo, o cara me agrediu me chamando de jornalista idiota que não sabia o que dizia, porque o azeite Gallo era de Portugal e distribuído pela Cargill e tal. Caraca! Não deu pra explicar a ele que a Unilever, multinacional com mais de 150 mil funcionários, comprara 55% do grupo português Jerônimo Martins em 2007 e com isso levando o maravilhoso azeite doce a aumentar a riqueza de suas marcas.

A Unilever, que é dona até da doce Ana Maria Braga e do sabão OMO, o mais caro nas prateleiras, também nos vende os seguintes produtos, dentre muitas outras marcas:

No setor de alimentos:

AdeS
Arisco
Becel
Karo
Doriana
Hellmann's
Knorr/ Cica
Maizena
Lipton Ice Tea
Slim-Fast
Kibon no Brasil, Olá em Portugal)
Chokito
Alsa
Ben&Jerry
Calvé
Flora
Azeite Gallo
Planta
Tulli Creme
Vaqueiro

No segmento dos produtos de higiene:

Ala
Brilhante
Cif
Comfort
Minerva
Omo
Surf
Skip
Fofo

Na higiene pessoal:

Axe
Clear
Close Up
Pepsodent
Dove
Gessy Cristal
LUX
Rexona
Seda
TRESemmé
Vasenol
Vinólia
Lifebuoy


 Enfim, nunca mais toquei no assunto Azeite Gallo como também nunca mais o fez meu colega que estava um tanto quanto desesperado na calçada do Bar dos Itallanos, em Botafogo.

Quando o vir de novo, vou provocá-lo com outros brands... A cachaça mais cara do mundo não é a Anísio/Havana como tantos propalam por aí na internet. A mais cara se chama “Santa Cana” e é uma exclusividade do Restaurante Aprazível, em Santa Teresa, no Rio. Pena que a Santa Cana esteja em extinção, isso é, quando acabar o atual estoque, acabou, não mais existirá, mas haverá seus sucedâneos, aliás, já existem os filhotes de velhos barris de carvalho onde foi encontrada a preciosidade, a raridade em extinção. Provei e gostei, mas pelo preço, 50 reais a dose, tipo pequena, tipo na fita, não provo mais. Vai acabar antes que eu receba novo convite para saboreá-la. Uma pena e uma absolvição...
 Por Alfredo Herkenhoff – Correio da Lapa, Rio de Janeiro, maio de 2012 –