domingo, 26 de julho de 2009
Brasileiro desaparece na África
Gabriel é um economista brasileiro de 28 anos que está perdido desde sexta da semana passada no Monte Mulanje, no país Centro-Africano do Malawi, um dos países mais pobres do mundo. Precisamos de ajuda para manter o assunto na mídia e garantir a continuidade do apoio governamental. Explicamos como no final do e-mail.
Ao longo do último ano, Gabriel Buchmann viajou por dezenas de países na Ásia, Oriente Médio e África. Sempre com poucos recursos, à base de carona e com a ajuda de pessoas locais. Sua intenção era conhecer o mundo, suas belezas, suas dores, seus erros, a pobreza, a injustiça dos homens contra a natureza e contra seus semelhantes.
Gabriel é um economista brilhante. No vestibular, foi primeiro lugar geral na PUC-Rio. Na faculdade, fez duas graduações: em Economia e Relações Internacionais. Ao longo da faculdade ganhou 2 bolsas para estudar na Europa, na Science-Po francesa e depois na Universidade de Madri. Voltou ao Brasil para completar sua monografia, em reforma agrária. Depois, iniciou o mestrado na própria PUC-Rio, defendendo a dissertação sobre a relação entre educação, fertilidade, e o sistema político do país.
Ao terminar o mestrado, ingressou no Centro de Políticas Sociais da FGV onde trabalhou na avaliação de diversos programas do governo. Essa seria sua preparação para o seu doutorado em Economia da Pobreza, na Universidade da Califórnia.
Antes do doutorado, Gabriel falou que precisava entender a pobreza mais de perto, e essa foi uma das suas razões para sua viagem à Ásia, Oriente Médio e África. Não que ele não a conhecesse. Ainda na faculdade, embarcou num avião do correio aéreo nacional para a Amazônia, onde subiu o pico da neblina e conviveu nas comunidades pobres locais. Abandonou o verão do seu Rio de Janeiro para passar meses em cidades do sertão nordestino, onde fazia questão de ir àquelas mais pobres e se hospedar na casa das pessoas humildes da região. O seu interesse era a vida deles, os problemas deles.
Para Gabriel, a estrada é conhecer e viver. Esse é um trecho do e-mail que ele escreveu no dia primeiro de junho (veja mais no blog:http://ajudegabrielbuchmann.blogspot.com/ )
“mas o melhor de tudo é que aqui na África to conseguindo por em pratica a viagem que sempre idealizei...hoje ficarei em hotel pela segunda vez desde que pisei no continente, todos os outros dias dormi e comi na casa de locais, gastando uns 2-3 dolares por dia, o que me permitiu a cada dia distribuir meu daily budget entre as pessoas que me hospedaram, alimentaram, etc...to muito feliz com isso, de conseguir estar vivendo grande aventuras e realizando uma viagem de profunda imersão no continente africano, absolutamente não turística, e de forma totalmente sustentável, transferindo 80% dos meus gastos pra africanos pobres... e aqui com quase nada vc faz uma substancial diferença na vida das pessoas...esse amigo meu congoles, por exemplo, com 12 dólares paguei o aluguel mensal da casa da família dele, esse menino com 40 dólares garanti um ano escolar pra ele numa escola super legal...”
Malawi era o último país que ele iria visitar. Dia 28, estaria (está!) com viagem marcada de volta ao Rio. Gabriel já está desaparecido há uma semana, mas em 1994 um Malawiano passou 3 semanas sozinho no monte, sendo encontrado numa trilha após ter desmaiado de fome. Houve ainda outros casos de resgate. NOS AJUDE A MANTER A CHAMA ACESA!
COMO AJUDAR:
É preciso manter o assunto na mídia! Para isso, use sua imaginação e esteja livre para ajudar da forma como achar melhor. Aqui vão algumas sugestões:
a) Dê forward desse e-mail para o maior número de pessoas que puder. Essa é uma corrente do bem.
b) Mande e-mails para jornalistas e bloggers. Temos que divulgar na imprensa e nos meios digitais. Em vários jornais, colunistas colocam seu e-mail ao final da coluna, peçam para eles para falar do assunto!
c) Coloquem o link em seu twitter, facebook, MSN. Nosso Twitter é ajudegabriel.
d) Comentem as notícias que aparecem na mídia! É fácil achar na uol, no globo.com, em vários portais.
* - Enivado ao Correio da Lapa pela assessora de imprensa do Flamengo, Marilene Dabus