A prefeitura da secretária Jandira Feghali se faz presente no Bar das Mães com Humberto Araújo, o grande maestro-arranjador e maravilhoso saxofonista grande, subsecretario da cultura. E vem o outro da 4 região administrativa descobrir que mãe é mãe, salve ela!
Os irmãos Oliver e Geraldo, quais Rebouças contemporâneos, entre papos sobre questões da macro-economia, não economizam simpatia e saudades da própria mãe negra.
No Bar das Mães da Feira todos os homens tocam por amor, com suas mulheres e filhos, gente que toca até com Zeca Pagodinho e outros bambas da carioquice mais amena.
E tem a Rosana, elegância e simpatia, e uma misteriosa solidão no meio da folia do Dia das Mães. Torcedora do Botafogo, ela parece guardar algum doce mistério, coisa de sofredora, coisas que só acontecem com o Glorioso..
Até dez anos atrás, havia um bar-restaurante chamado Mandrake na Rua Vicente de Souza esquina com Muniz Barreto. Pertencia aos sócios amigos Antonio Carlos Siqueira, engenheiro, e Mascarenhas, este sobrinho neto do velho marechal e herói na Itália. Freqüentavam o lugar, até falir, Betinho, Zeca Pagodinho, na época ainda pobre, Paulão 7 Cordas e, entre outros, Beth Carvalho, que ali inventou o famoso bloco “Concentra, mas não sai”. Este bloco depois saiu, migrou para aquela bar da Rua Ipiranga, em Laranjeiras, lá se concentrando sem sair. O Bar da Feira herdou esse charme do concentra mas não sai do Mandrake, só que é vespertino, é botequim que fecha cedo, 11 da noite...
E tem o Vitor, o Tripão, o Espanhol, meio desengonçado, uiva pela quinta dose sem esconder a saudade da saudosa mãe de Castela, e do também saudoso pai, que foi aquele mecânico espanhol dos carros importados no luxo do Rio de Janeiro dos anos 50 e 60.
Do cirurgião remunerado ao pintor de parede humilde. De diretor da Petrobras a mulher grã-fina do Country Club. De babalaô mãe-de-santo a fiéis fervorosos da pequena Comunidade Shalom, louvações da Mãe Nossa Senhora de Cristo, igreja católica que funciona quase ao lado do Bar do Dia das Mães, igreja funcionando onde ficava o Ibase de Betinho, da Alternex, o primeiro provedor de internet do Brasil.
E temos Menem, o argentino abrasileirado, mas que ainda torce para a Seleção Argentina. E o saudoso Coelho, procurador, e Maia, o causídico do Ceará, ex-contabilista do grande hotel Sheraton ou Intercontinental, que dá no mesmo...
continua