Sigo ao volante na estrada e contemplo no horizonte da paisagem aquele ipê roxo que de muitos lugares o olhar não alcança. Sempre adorei o vazio da vastidão verde. Ver, para além desses espaços profundos, silêncios espirituais, uma estranha calma. Penso profundamente naqueles momentos em que o meu coração quase morre de medo.
Ouço o vento batendo no vidro do carrro. É o mesmo que balança a folhagem, é um silêncio infinito que não se contrapõe à minha voz. E surge a sensação do eterno, invernos e verões que se foram.
Estou vivo e vou mergulhando nos meus humores. Uma reflexão assim tão intensa me afoga. Mas o meu naufrágio não tem nenhuma tristeza.
(Por Alfredo Herkenhoff)
Ouço o vento batendo no vidro do carrro. É o mesmo que balança a folhagem, é um silêncio infinito que não se contrapõe à minha voz. E surge a sensação do eterno, invernos e verões que se foram.
Estou vivo e vou mergulhando nos meus humores. Uma reflexão assim tão intensa me afoga. Mas o meu naufrágio não tem nenhuma tristeza.
(Por Alfredo Herkenhoff)