Vamos criar juntos, construir juntos, vender juntos. O Brasil e a França, o presidente Lula e eu, pensamos juntos
Nicolas Sarkozy
Cinco submarinos
50 helicópteros
36 caças *
50 helicópteros
36 caças *
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou a maior transação no setor militar da História do Brasil, talvez menor do que apenas a parceria entre Getúlio Vargas e o presidente americano Franklin Delano Roosevelt no meio da II Guerra Mundial, embora não se possa quantificar como simples operação de compra e venda o acordo que resultaria na criação da usina da CSN.
Mas o fato é que Lula, alegando necessidade de defender o pré-sal e a Amazónia, selou um pacto empresarial e militar com a França sem precedentes. Enquanto Hugo Chávez passeava pelo Irã e pelo Turcmenistão, com paradinha esperta no Festival de Veneza, onde foi homenageado por um documentário fora da competição, mais uma vez um filme polêmico, dizem, e mais uma vez, dizem, uma obra de tese do cineasta Michael Moore, e mais uma vez, vivem dizendo, um filme desse diretor premiado e que, nesta nova fase de falar mal do seu próprio país, tem sido desprezado pela crítica especializada, não por falar mal, mas por decadência de linguagem em suas obras. Pois bem, enquanto os rapapés no Palácio das Artes em Venenza corriam solto para gáudio de Chávez, o presidente Lula e Sarkozy, no sapatinho download, mostravam que nem só de palmas vai viver o governante da misteriosa ideologia bolivariana.
O líder francês, desembarcando em Brasília para uma visita de trabalho no Dia de Independência, sem a sua Carla Bruni a tiracolo, liberada a Top Diva dessas agendas, e Lula, alegando o de sempre, pré-sal e riqueza florestal, selaram a parceria histórica que pode dar uma guinada no moto contínuo sul-americano em que só parecia existir um quadro: o armamentismo de Colômbia, Venezuela, Farc e seus sócios do narcotráfico internacional.
Por Alfredo Herkenhoff
Continua pelos próximos posts...