O mosquito era uma senhora mosca, enorme, mas não a vi voando, apenas me surpreendi com a precisão do tapa do presidente Barack Obama. E eis que o inseto jaz morto no chão, filmado para bombar mais uma vez o líder black ninja americano na TV e no Youtube.
Teoria conspiratória: tudo não passou de encenação. Obama, cuja popularidade caíra 5% em três pesquisas dentro dos Estados Unidos naquele dia, brilhou mais um dia, ele brilha todo dia. Desbanca os astros de Hollywood. Desbanca foguetes da Coreia do Norte. Desbanca radicais e falsos moderados na cúpula do poder iraniano em disputa eleitoral fajuta.
Obama é o maior líder que o mundo já viu nos últimos anos. Tem muito mais gente querendo ver Obama do que o papa. Se o chefe da Casa Branca visitasse o Brasil, hoje, provavelmente registrar-se-iam cenas de choro, histeria coletiva, emoção... Seria até decretado um feriadão nacional. Zumbi tremeria no lugar não-sabido de seus despojos de herói.
Obama avança ampliando admirações entre povos distantes, incluindo árabes e muçulmanos da Ásia. Ninguém sabe ao certo o que fará Obama com este capital simbólico, de ser também, além do chefão americano, o representante maior de um tempo pós-racial, de respeito às pessoas independentemente de religião, sexo, nacionalidade, cor da pele e outras babaquices preconceituosas.
À frente do país mais poderoso e belicoso do mundo, com o desafio de superar uma crise financeira local e mundial, Obama, por enquanto, vai apenas queimando lenha, tem muita ainda para queimar. Obama, por enquanto, vai dando uma de Obama, simplesmente Obama. Até quando, ninguém sabe.
A Coreia do Norte, quinto maior exército do mundo, com 1 milhão na ativa e muito mais reservistas, exército também considerado um dos mais disciplinados e ferozes do mundo, vai dando pinta de que quer ser a primeira nação a provar o gostinho de Obama como o comandante em chefe do maior arsenal do planeta. Mas Obama, se precisar chegar lá com tacape high tech, só o fará com o apoio da China, que tem cultura ou hábito de matar milhões, não fazem tanta falta pela Ásia esses números. A China já começa a arrastar asa para Washington. Pequim dá passos novos, já vota igual aos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU contra o adoentado e imprevisível ditador de Pyongyang. O misterioso mais famoso da Terra, Kim Jonguinho Il, filho de Kim Jongão Sung, teria eleito o Kim Jonguinho Jr., caçula de seus cinco filhos de três casamentos, como o sucessor. Mas Pequim não quer saber nem do pai que sofreu enfarto em agosto passado, nem do filhote de 27 aninhos. Pequim também quer Obama, negócios, Obama, negócios. Pequim quer crescer com Obama. Negócios.
No Japão e nos EUA, o tititi desta sexta-feira, 19 de junho de 2009, dia dos exageros, é que a Coreia do Extremo, dispondo de 100 a 200 mísseis balísticos, estaria prestes a lançar um super "katiuscha" na direção do centro do Pacífico. Embora esses mísses supostamente só alcancem 1.200 quilômetros, Obama, que morou no Havaí, mandou o estado-ilha ficar de sobreaviso. Em meio a tantos rumores, há quem especule que, emendando alguns desses balísticos de médio porte, a Coreia do Norte faria um longo alcance numa surpresinha de 4 de julho, data da independência americana.
Seria uma Pearl Harbour simbólica. O foguetinho de Jonguinho seria apenas um palito de fósforo nas águas geladas do maior oceano do mundo, porém, como efeito, cairia como uma bomba nuclear, uma pomba sem asa na paciência americana. Tibum!
Tudo isso parece loucura e o Correio da Lapa tem certeza de que é.
By Alfredo Herkenhoff avisando:
a maior parte do conteúdo desta sexta-feira foi produzida sob a ótica dos exageros, dos escândalos e de uma visão de teorias conspiratórias cada vez mais massificadas, tanto que presentes em quase todos os principais fatos que emocionam e incomodam.