Flavio Briatore, chefe de equipe da Renault, e o diretor de Engenharia, Pat Symonds, foram demitidos por causa da denúncia de Nelsinho Piquet de que forjou um acidente durante corrida para ajudar o piloto espanhol Fernando Alonso, em Cingapura, no ano passado. A Renault, ao anunciar as demissões, informou que não vai nem contestar as acusações de acidente fraudulento junto à FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Está marcada para a próxima segunda-feira, 21 de setembro, a audiência sobre o caso no Conselho Mundial de Esportes a Motor da FIA. A denúncia foi feita formalmente pelo tricampeão Nelson Piquet, pai de Nelsinho, e confirmada por este piloto que, aparentemente, já havia contado o caso, em primeira mão, para Reginaldo Leme, o experiente repórter da Rede Globo e que faz dobradinha histórica com o narrador Galvão Bueno. Nelsinho, que já havia sido demitido pela Renault antes do escândalo vir à tona, não deve ter melhor sorte do que Briatore. O piloto está, coitado, morto para o automobilismo internacional.
Briatore, vestido em desacordo com o decoro automobilístico, afirmou, no início do escândalo, que o caso, a denúncia de acidente-fraude, envolvia homossexualidade de Nelsinho Piquet. Nelsão Piquet, década e meia atrás, também fez insinuação de homossexualismo envolvendo Ayrton Senna.
Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos, menos os envolvidos nessa trapalhada sem-vergonha. (Por Alfredo Herkenhoff)