Brasil, terra das celebridades medíocres, paraíso do inferno mais próximo, tragédias que não se publicam, mas o cheiro de sangue chega à cozinha, onde as domésticas, agora com carteiras assinadas, ao lado das lixeiras, não conhecem nada da Noruega com as genitálias em forma de fiords. Brasil, terra encantada de teatro de caetanos vaidosos, caetanos péssimos atores, dizendo que merda é chique, sorte na estreia, importando sonhos bem sucedidos, fórmulas perfeitas. Brasil, terra de ciúme e calor, sexo e paternidade irresponsável. Brasil de Dom Pedro I, aquele que foi o enésimo pegador de mulheres sem antenas ligadas, apenas periguetes, falofágicas, instintivas no dizer que a gente ama de um jeito ou de outro, porque qualquer maneira de amar é amar.