Notícia rapidinha no Wall Street
O editor chefe do Wall Street Journal, Robert Thomson, distribuiu um memorando aos jornalistas, semana passada, avisando que terão de fazer um esforço-extra: os repórteres passam a produzir versão enxuta e em primeira mão dos fatos que apurarem. Assim, eles alimentarão, de modo novo e mais eficiente, a agência de notícias Dow Jones, do mesmo grupo e que enfrenta concorrentes de peso no front da economia em tempos de crise: a Reuters e a Bloomberg. O memorando exige rapidez na emissão de notícias curtas e claras antes que os profissionais concluam suas reportagens mais amplas para a versão impressa. O Wall Street produz manchetes diariamente, mas agora elas devem ganhar também em primeira mão mais visibilidade na disputa com os concorrentes nos serviços não-impressos. O memorando também informa que os jornalsitas serão avaliados conforme o número e o impacto dos seus furos no estilo um título e uma frase. O memorando causou espanto porque o editor era um crítico do estilo telegrama das manchetes no mundo digital. Robert Thomson ficou de explicar nos próximos dias os motivos de mudança de opinião ou posição. Mas adiantou ele que os leitores dão ou reconhecem o valor dos furos de reportagem, e das manchetes em estilo resumido, mais do que os próprios jornalistas.
Assinantes dos serviços da agência Dow Jones Newswires são, na maioria, investidores e profissionais do mercado financeiro que precisam receber informação do modo mais preciso e rápido. Resumindo: Reuters, Bloomberg e Dow Jones vão concorrer pela notícia de modo ainda mais ferrenho.
(Fonte The New York Times)