quinta-feira, 17 de junho de 2010

Padilha: livro de jornalismo, do Estado Novo ao AI 5


Guimarães Padilha com o titular deste Correio da Lapa, na festa na ABI, em 14 de junho de 2010 - Foto de Wladimir Wong

A internautas *

Você gostaria de promover um encontro com Guimarães Padilha, autor do livro "Lacerda na Era da Insanidade", para novo lançamento/debate num ambiente acadêmico, não-partidário? Meu amigo Guimarães Padilha está aberto a propostas. Vitória, cidade na qual ele trabalhou tempos atrás, é a primeira em vista. A foto em preto e branco atrelada a este post integra o pequeno arquivo que Padilha expõe ao assinar autógrafos no livro de 360 páginas. O tema é básicamente "jornalismo e política, do Estado Novo ao AI 5", um programa salutar para universitários, jornalistas e candidatos a cargos públicos. Maiores informações ou proposta para um debate/evento com o autor (Padilha entrevistou Fidel e Che em Sierra Maestra, Fulgencio Batista já deposto na República Dominicana, Kennedy um mês antes do atentado em Dallas, e João Goulart - última entrevista - horas antes que partisse para o Uruguai em 1964), favor me enviar questões por mensagem direta a Alfredo Herkenhoff (alfredoherkenhoff@gmail.com)


A noite de autógrafo de Guimarães Padilha, dia 14 de junho na ABI, reuniu, como esperado, diversos jornalistas cascudos, militando há décadas na imprensa carioca. Presentes, entre cerca de 120 pessoas que se revezaram no entra-e-sai da noite, o anfitrião presidente da casa, Maurício Azêdo, Milton Coelho da Graça, Ely Azeredo e muito mais, além de integrantes do primeiro escalão do governo estadual. Padilha, com a família, filho, genro, netas, papagaio etc, perpetrou cerca de 70 dedicatórias do livro "Lacerda na Era da Insanidade". Sérgio Cabral Pai chegou britanicamente às 18h e curtiu 10 minutos de prosa no 11º andar do pomposo Edifício Herbert Moses. Comentou para os colegas: "Acho que meu filho está chegando aí", .mas frisou que não podia esperar. Sem que ninguém da tertúlia soubesse, nem mesmo o dono da editora Nitpress, Luiz Augusto Erthal, que é amigo pessoal de Azêdo, este presidente da ABI, na mesma hora da festa de Padilha, franqueou o auditório do nono andar para um debate interpartidario do PSol com Milton Temer, Heloísa Helena e Jefferson Moura, lançado candidato à sucessão de Cabral. Universitários no estilo cara pintada lotavam o velho elevador. Isso confundiu e espantou alguns convidados de Padilha. Como bom anfitrião, Azêdo foi a ambos os eventos. Heloisa Helena não foi porque, na última hora, soube que sua mãe fora internada. O PSol ainda não escolheu o vice da chapa de Jefferson. Já Temer, candidato ao Senado, repetiu pela enêsima vez: Lula herdou de FHC divida pública de R$ 600 bilhões e a elevou a R$ 2 trilhões. Além de histórias, Concha Y Toro, mesonas de sinuca e nostalgia, a noite fria no alto do prédio da ABI oferecia aos amigos de Padilha uma bela visão da fachada iluminada do recém-reformado Teatro Municipal.