Rio de Janeiro ganha de volta, restaurado, o Palácio do Comércio

O Rio de Janeiro tem de volta, com as fachadas art déco restauradas, o edifício conhecido como Palácio do Comércio, tombado pelo município por sua importância arquitetônica. A obra foi realizada pela Concremat com equipes sob a chefia do engenheiro Joel Vieira. Trata-se de mais um legado da gestão Olavo Monteiro de Carvalho na presidência da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). Graças ao empenho pessoal de Olavo, que passou o cargo nesta quarta-feira, foi devolvido ao prédio o seu antigo esplendor. A obra contribui para a revitalização do Centro da cidade. Custou R$ 5 milhões e envolveu parcerias das empresas Oi, Oi Futuro, Bradesco Seguros e Previdência, Eletrobrás, Souza Cruz, Light, Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga, Gemalto, CEG e Gás Natural, Brascan Residential e Icatu Hartford. O restauro contou com o incentivo do governo federal por meio da Lei Rouanet.

Situado na Rua da Candelária nº 9, o conjunto arquitetônico foi tombado pela prefeitura em 2000, como patrimônio cultural da cidade. Inaugurado em 1940, é um dos poucos monumentos art déco deixados pelo arquiteto francês Henri Sajous.

Na fachada central, as placas de mármore travertino passaram por um processo de limpeza, ancoradas através de chumbadores químicos e algumas foram substituídas; as serralherias ornamentais foram restauradas; os balcões do 13º pavimento sofreram intervenções. Foram instaladas esquadrias de alumínio e vidro (structural glaze), para o recobrimento das fachadas laterais voltadas para as ruas Alfândega e Buenos Aires. Esta etapa contemplou também a cobertura e as obras internas do 13º andar e do mezanino. A Concrejato, do Grupo Concremat, foi a empresa responsável pela restauração. O projeto foi assinado pelo arquiteto João Pegorim e coordenado pelo vice-presidente de Patrimônio da ACRJ, Áureo Salles de Barros.