Coluna do Alfredo sobre o que rola em 27 de maio de 2009 (2/11)
Neguinho solta a bomba A e ainda fica tirando onda. A Coreia de Cima disse que se a Coreia de Baixo ficar de gentilzinha com Barack Obama, participando eventualmente de uma força-tarefa naval, com barcos rastreando o litoral comunista, que preste atenção: a capital Pyongyang foi bem clara ao advertir Seul: isto equivalerá a uma declaração de guerra. Os coreanos de cima não querem consumir paz com os coreanos de baixo. Em cima eles reativaram hoje a fábrica de plutônio - e eles já posseum o combustível de urânio adulterado para produzir uns 10 ou 12 artefatos tamanho Hiroshima. Eles adoram a Bomba Boba, cultuam a pobreza arrogante.
Já no Sul, existem boas escolas, boas universidades, mercado pujante, dinâmica e medo. Ah! O Paralelo desmilitrizado, qual é o numero dele mesmo? 49? Ou 51? Sim, aquela faixa de ninguém, terra onde se ergue o Muro Invisível de Pequim. Se cortarem o arame farpado, retirarem as minas terretres sob a neve no inverno, assistir-se-á a uma enxurrada de saudades. São parentes separados pelo ódio ao mercado, ao consumo, pelo ódio à emoção, pelo ódio às diferenças, tudo o que o Sul aprendeu a gostar, trabalhando, vendendo, vivendo, consumindo, chorando e sentindo muita saudade do Nordeste deles, um território árido, um comunismo sem direito nem a caminhão pau-de-arara, apenas comunismo com mísseis de curto alcance, arma que só serve para eventualmente matar irmãos coreanos e irritar um Japão guarnecido pelos Estados Unidos.
O Muro Invisível de Pequim impede abraços. Ninguém do Sul quer morar no Norte. Mas pressente-se um estouro da boiada vermelha, como na antiga República Democrática Alemã, a RDA comunista, que não tinha nem banana nem Coca Cola. Tinha só ideologia e o famigerado Muro Concreto de Moscou separando saudades em Berlim, o coração da ópera bufa europeia.