terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Dom Zuma e suas três esposas
O presidente sul-africano Jacob Zuma se casou com sua noiva Thobeka Mabhija em uma cerimônia na província zulu de KwaZulu-Natal e passou a ter três esposas. Segundo correspondentes, a prática da poligamia - uma tradição zulu - pelo presidente da África do Sul está dividindo o país.
Muitos sul-africanos apoiam Zuma, mas outros dizem que a tradição não condiz com a sociedade moderna e é um péssimo exemplo, especialmente em um país que luta contra altos índices de infecção pelo vírus HIV. Zuma já se casou cinco vezes. Uma de suas esposas, Kate Mantsho Zuma, morreu em 2000. Dois anos antes, o líder sul-africano havia se divorciado de Nkosazana Dlamini-Zuma, hoje ministra do Interior do país.
As senhoras Zuma:
- Sizakele Khumalo - os dois se casaram em 1973
- Atual ministra do Interior Nkosazana Dlamini-Zuma - o casal se divorciou em 1998
- Kate Mantsho Zuma - morreu em 2000
- Nompumelelo Ntuli - os dois se casaram em janeiro de 2008
- Thobeka Mabhija - casou-se com Zuma nesta segunda (4 de janeiro de 2010)
- Gloria Bongi Ngema - estaria noiva de Zuma, mas a data do casamento ainda não foi anunciada
De acordo com os costumes zulus, quando um homem se casa novamente, a atual ou as atuais esposas precisam consentir e devem também estar presentes à cerimônia. O casamento desta segunda-feira também contou com a presença de líderes do partido governista sul-africano CNA, do movimento sindical e do Partido Comunista da África do Sul, além de familiares e amigos do presidente.
Há relatos de que Zuma, com 67 anos, teria intenção de se casar pela sexta vez, mas a data ainda não foi anunciada. A noiva, Gloria Bongi Ngema, teria levado os tradicionais umbondo (presentes de casamento) à família Zuma. Segundo os costumes, a cerimônia de entrega de presentes pela noiva é o último evento antes da realização do casamento, e é realizada após o pagamento do ilobolo (dote) à família da noiva.
No domingo, a Presidência sul-africana divulgou um comunicado em que dizia que o casamento era uma cerimônia particular e pedia aos jornalistas que "dessem à família a privacidade a que tem direito"