Dúvida sobre viabilidade de Dilma preocupa os apoiadores de Ricardo
Renata Oliveira (*)
Desde o ano passado, o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB/foto) vem disseminando nos meios políticos seu compromisso com o palanque da ministra Dilma Rousseff a presidente. Uma preocupação, porém, começa a surgir na classe política: se a candidatura da ministra não emplacar, os reflexos podem chegar à candidatura do peemedebista no Estado.
O compromisso em erguer o palanque de Dilma Rousseff foi fechado depois que o prefeito de Vitória, João Coser (PT), retirou seu nome da disputa e passou a coordenar o arranjo político em torno da candidatura do vice-governador. Mas a dúvida sobre a garantia da eleição da ministra deixa uma situação complicada para o governo.
Assim como o governador Paulo Hartung quer eleger seu vice no primeiro turno, o presidente Lula busca a eleição da ministra Dilma na primeira etapa da eleição do próximo ano. Um cenário mais provável quando a expectativa era de que a eleição fosse plebiscitária.
A entrada da senadora Marina Silva (PV-AC) na disputa mudou o quadro. Marina não é uma candidata para vencer a eleição, deve conseguir agregar mais votos entre as classes A e B, mas o discurso ambiental a deixa distante da classe C, que geralmente decide a eleição.
De qualquer forma, o nome da senadora tira o caráter polarizador da eleição, que antes estava prevista para ser disputada entre Dilma e o tucano José Serra. A presença de Marina vai desequilibrar o pleito e dividir votos, deixando a eleição mais acirrada do que se esperava.
Além dela, ainda há a possibilidade do surgimento de outros dois palanques presidenciais: o do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) e da ex-senadora Heloisa Helena (Psol-AL). No Estado, o Psol vai disputar o governo com a candidatura da ex-deputada Brice Bragato. Já
o PSB vem lutando para manter viva a candidatura do senador Renato Casagrande.
A multiplicação de palanques presidenciais forçará o surgimento de divisões no eleitorado regional, e no Espírito Santo a coisa não será diferente.
No caso de Ricardo Ferraço, o governo do Estado vem se redobrando na busca de apoios políticos que garantam a eleição no primeiro turno. Embora tenha o apoio da maioria absoluta de prefeitos, dirigentes de partidos e lideranças políticas, o retrospecto de Ricardo ainda não convenceu o mercado político.
Tanto que o governador Paulo Hartung vem garantindo que não deixará o governo em abril do próximo ano para disputar o Senado. Pretende permanecer no cargo para ajudar na campanha de seu escolhido para a sucessão.
* Site Século Diário
Renata Oliveira (*)
Desde o ano passado, o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB/foto) vem disseminando nos meios políticos seu compromisso com o palanque da ministra Dilma Rousseff a presidente. Uma preocupação, porém, começa a surgir na classe política: se a candidatura da ministra não emplacar, os reflexos podem chegar à candidatura do peemedebista no Estado.
O compromisso em erguer o palanque de Dilma Rousseff foi fechado depois que o prefeito de Vitória, João Coser (PT), retirou seu nome da disputa e passou a coordenar o arranjo político em torno da candidatura do vice-governador. Mas a dúvida sobre a garantia da eleição da ministra deixa uma situação complicada para o governo.
Assim como o governador Paulo Hartung quer eleger seu vice no primeiro turno, o presidente Lula busca a eleição da ministra Dilma na primeira etapa da eleição do próximo ano. Um cenário mais provável quando a expectativa era de que a eleição fosse plebiscitária.
A entrada da senadora Marina Silva (PV-AC) na disputa mudou o quadro. Marina não é uma candidata para vencer a eleição, deve conseguir agregar mais votos entre as classes A e B, mas o discurso ambiental a deixa distante da classe C, que geralmente decide a eleição.
De qualquer forma, o nome da senadora tira o caráter polarizador da eleição, que antes estava prevista para ser disputada entre Dilma e o tucano José Serra. A presença de Marina vai desequilibrar o pleito e dividir votos, deixando a eleição mais acirrada do que se esperava.
Além dela, ainda há a possibilidade do surgimento de outros dois palanques presidenciais: o do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) e da ex-senadora Heloisa Helena (Psol-AL). No Estado, o Psol vai disputar o governo com a candidatura da ex-deputada Brice Bragato. Já
o PSB vem lutando para manter viva a candidatura do senador Renato Casagrande.
A multiplicação de palanques presidenciais forçará o surgimento de divisões no eleitorado regional, e no Espírito Santo a coisa não será diferente.
No caso de Ricardo Ferraço, o governo do Estado vem se redobrando na busca de apoios políticos que garantam a eleição no primeiro turno. Embora tenha o apoio da maioria absoluta de prefeitos, dirigentes de partidos e lideranças políticas, o retrospecto de Ricardo ainda não convenceu o mercado político.
Tanto que o governador Paulo Hartung vem garantindo que não deixará o governo em abril do próximo ano para disputar o Senado. Pretende permanecer no cargo para ajudar na campanha de seu escolhido para a sucessão.
* Site Século Diário