O Dia das Nossas Mães e afinação perfeita, galhardia, bons modos e um abraço. Tudo acústico. Ao contrário do que qualquer autoridade possa imaginar, os vizinhos são os maiores fregueses, amantes de um lugar que é o quintal, o terreiro de nossas mães. Quando você acerta a mão, cai no samba e a cidade vibra. Quando erra na dose, a cidade fica triste, protesta, chora. Chorinho. As Mães ainda vão dar muito choque de amor na desordem que noutros cantos se instalou. Saudemos o Dia das Mães que garantem a alegria da vida, salvemos a tradição do afeto que se encerra, cantemos:
Quero morrer de bolso cheio - Nota de cem! Dia das Mães. Quero morrer no Hospital Samaritano! Bolso estribado! Dia das Mães - Vem dezembro, vai dezembro, é festa, é festa o ano inteiro, todo ano. Quero viver no Bar das Mães, No Bar da Feira a minha mãe vive bem. Na brincadeira inventa uma piada. Pendura a conta quem não tem nota de cem. Quando a chuva molha Botafogo, esquenta o jogo, esquenta a batucada. Se a mamãe quiser matar saudade, Felicidade é farra na calçada.
Na Rua Vicente de Souza, viveu Betinho, nasceu a internet, Amor, olha o Cristo Redentor. A gente vê, a gente prova e repete. Churrasquinho, farofa, mocotó, sardinha, cerveja, aipim, uma família portuguesa, uma beleza. E no meio alguém grita: “Ai de mim!”. Sem você eu não vou. Sem você eu não quero. Com você eu tô no samba. Com você tô no bolero. Das Mães. Do Amor.