quarta-feira, 6 de abril de 2011

O maior navio graneleiro do mundo é da Vale

Coluna dos nossos dias
Por Alfredo Herkenhoff


Vejam aqui e agora no Correio da Lapa fotos do maior navio graneleiro do mundo, é da Vale, o Valemax, o mega barco com quase 400 metros de comprimento. Está chegando daqui a algumas semanas. Leia também aqui e agora Os 5 dias que decidiram o novo presidente da Vale (Reportagem avistada no site Exame ponto com, sem assinatura de autoria). Mas antes me poupem desse duelo de titãs contrapondo Roger Agnelli, Murilo Ferreira, seu sucessor, e a presidenta Dilma Rousseff. O mega navio também está no imbroglio que envolveu Agnelli.



Mas me poupem, sim, dessa guerra. Não tenho posição tomada, nada de parti pris. Vamos beber uma cerveja e torcer pro enfarto não pegar ninguém da nossa mesa, pra que nossas mulheres nunca fiquem viúvas.

Será o Facebook a ante-sala do inferno?

Pra ficar perto de mim tem que ficar longe dessa masturbação que são certas ferramentas sociais, essa vaidade anódina em que pra descobrir uma coisa legal, uma sugestão decente, a gente tem de ver uma cacetada de gente achando que o natal é todo dia, e tome foto de debutante, batizado, infância, felicidade, papai/mamãe e titia, ah! É o meu cachorrinho, meu bichano querido, aquela poesia. Que paisagem que o prédio destruiu, que pena... Vai tomar conta de seu orkut! Me deixa em paz. Tanta coisa pessoal! Eu odeio Facebook, quanta perda de tempo, tanta gente postando coisinha chata e ainda fica dialogando com comentariozinho pessoal... Entrei pra sair. Entrei pra ver e confirmar que detesto. Bando de cordeiros, herdeiros, patrõezinhos sem importância, aposentados enjoadinhos. Eu sou Face Enermy. Detesto ferramenta social sem criatividade. Prefiro passar o meu trailer no twitter, democraticamente todo mundo em 140 toques. E prefiro os meus canais de curtição no Youtube.


O NAVIO

A denominação de classe é "Chinamax". Entretanto, a Vale vai de carona e fazendo sua propaganda... A foto é do teste dele no mar. O Berg Sthal ficou para trás. Chega na segunda quinzena de maio em São Luís.

Dimensões: - Comprimento: 365 m - Largura: 66 m - Calado: 23 m - Capacidade de carga: 400.000 toneladas.

O Valemax foi um dos pretextos da expulsão do Roger Agnelli, por ter ele feito a encomenda do mega navio à China. Vale (hic!) e ter dito que não temos estaleiros com dique de construção daquele porte, eh! eh!

Não temos estaleiros, mas estalam os chicotes. Agnelli levou uma chibatada. Mas o executivo é Pedra 90, tem mercado pra ele do Arroio a Pequim, de Bangu a Honolulu. Este é Global Man, Global Player.


Briga de Cachorro grande, choque de titãs


Os 5 dias que decidiram

o novo presidente da Vale



(Reportagem avistada no site Exame ponto com, sem assinatura de autoria)



Consultoria CTPartners nega que sucessão tenha sido jogo de cartas marcadas e afirma que já participou de processos tão rápidos quanto o da mineradora



Eduardo Monteiro/EXAME

Murilo Ferreira, novo presidente da Vale: escolhido a partir da base da consultoria CTPartners




São Paulo – O rápido processo de apenas cinco dias para decidir o nome de Murilo Ferreira como sucessor de Roger Agnelli na presidência da Vale levantou dúvidas sobre ser um jogo de cartas marcadas. Para escolher o novo executivo, a Vale contratou a empresa americana de consultoria CTPartners, com 31 anos de atuação – quatro deles no Brasil. “Eu não colocaria minha empresa nesse tipo de situação. Não precisamos disso. Foi apenas uma seleção mais badalada”, disse a EXAME.com Arthur Vasconcellos, sócio da consultoria e responsável por liderar o processo de escolha do novo presidente da Vale.

Vasconcellos conta que recebeu um telefone de Ricardo Flores, presidente da Previ (o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, e um dos maiores acionistas da Vale) e da Valepar, controladora da Vale, na manhã da quinta-feira, dia 31 de março, para convidá-lo a liderar o processo de sucessão. “Ainda pela manhã, peguei um voo em direção ao Rio de Janeiro para uma reunião com Ricardo”, diz. “Meu único contato em todo o processo foi com ele. O que houve antes desse dia, não tenho conhecimento.”

Segundo Vasconcellos, no encontro, Flores limitou-se a traçar o perfil do profissional que procuravam para suceder Agnelli. O ponto básico era: o candidato precisava ter conhecimento do setor de mineração. Vasconcellos afirma que, em nenhum momento, Flores sugeriu nomes. Quando conversei com Ricardo para definir o perfil do executivo, ficou decidido que teria de ser alguém da Vale ou que tivesse passado pela empresa. O conhecimento do setor, nesse caso, teve um grande peso”, conta Vasconcellos.


Segundo dia


Na sexta-feira, dia 1 de abril, Vasconcellos já tinha uma lista de seis executivos para entrevistar, selecionados a partir da base de dados da CTPartners. Um deles recusou o convite, pois assumiria um importante cargo numa empresa. Vasconcellos conversou co

m os outros cinco – um deles por telefone. Três nomes eram da própria Vale.

O sócio da CTPartners não os cita, mas é praticamente certo que fossem Tito Martins, atual presidente da Vale Inco e o mais cotado pelo mercado para assumir o posto, e José Carlos Martins, diretor de Estratégia. Na semana passada, chegou a circular também que Eduardo Bartolomeu, diretor de Operações e Logística, era cogitado.

Os outros dois candidatos entrevistados por Vasconcellos já tinham passado pela empresa – um deles, obviamente, era Murilo Ferreira, que deixou a Vale em 2009, após divergências com Agnelli sobre a possível compra da anglo-suíça Xstrata. “Os grandes nomes do setor são conhecidos, por isso foi um processo rápido. E se fosse em outro setor, como o aéreo, a quantidade de nomes qualificados para um carga de presidência é mais restrita também.”



Durante o final de semana, Vasconcellos e uma equipe de oito funcionários da CTPartners elaboraram a famigerada lista tríplice, cumprindo a cláusula do acordo de acionista que obriga a Vale a seguir esse ritual. A apertada data para apresentar os nomes era a segunda-feira, dia 4 de abril, pela manhã. Isto porque, naquele dia, os acionistas que integram a Valepar se reuniriam para apreciá-la e, dali, tirar o escolhido para comandar a Vale.

Vasconcellos, porém, nega que a pressão fosse decorrência do encontro marcado pela Valepar. “Não quis saber por que eles estavam com tanta pressa. Não me interessava. E também já fizemos outros processos num tempo semelhante”, diz, sem entrar em detalhes sobre as outras operações.


Ainda na segunda-feira, após a reunião da Valepar (composta por Litel, Bradespar, BNDESpar, Mitsui e Elétron), o nome de Murilo Ferreira foi escolhido. “O Ricardo Flores ainda tinha me pedido para passar o dia no Rio de Janeiro, caso os acionistas negassem os três nomes apresentados”, diz.

Vasconcellos ingressou como sócio da CTPartners em 2007, quando a consultoria chegava ao Brasil. Antes, havia passado quatro anos na Câmara Americana de Comércio, em São Paulo. Por coincidência, ou não, o executivo tem um extenso currículo em um setor próximo ao de mineração – o de siderurgia e metalurgia.

Vasconcellos passou 20 anos na Alcan, três anos na CSN e outros três na Alcoa. Conheceu Ricardo Flores, da Previ, quando entrou na consultoria. “No meu setor, é bom conhecê-lo”, diz. Quando estava na CSN, participou do processo de privatização da Vale, em 1997. “Foi nessa época que conheci a empresa mais a fundo”, diz. No entanto, só retomou contato com a mineradora agora para a escolha do novo presidente. Um processo polêmico que será lembrado ainda por muito tempo – dentro e fora da Vale.

Fim



Correio da Lapa, Rio de Janeiro, 6 de abril de 2011 - Por Alfredo Herkenhoff