Fernando Sarney, que verte dinheiro pelos poros, conivência e outras coisinhas mais escandalosas com os seus diretores de confiança para execução de contratos de natureza duvidosa. E isso ainda diz pouco. Muito pouco do que é feito de escuso e espúrio naquela Casa de Leis, sob suas vistas e claro, sob seu interesse pessoal.
Pois nada disso mereceu uma tomada de posição do excelência Sarney. Revestido de sua empáfia de sempre, mesmo sendo um arremedo de imortal que deveria envergonhar a Academia Brasileira de Letras por aceitá-lo entre seus pares, surge na tribuna, faz um discurso tosco, covarde, medíocre, tatibitate, infantil e quase debilóide. Uma vergonha em rede nacional. Não sei, não sabia, não tenho culpa, não é comigo, o problema não é meu, é do Senado. Ou seja, não me interessa e farei de tudo para empurrar com a barriga e o bigode, para o esquecimento. E que tudo volte a ser como dantes no quartel de abrantes, debaixo do carpete azul que reveste o chão que me sustenta. Este sou eu, Sarney, um covarde.
Para não ofuscar o eco do imenso vazio que essa figura patética (e caquética) da política nacional com um mandato representativo que não honra nem jamais honrará, este texto encerra-se aqui. Que reverbere apenas a inutilidade da falta de credibilidade e de coragem de um homem que, se existe juízo no eleitorado, não receberá nunca mais a paga de seu objetivo: uma nova reeleição.