Poema de intervenção de Alfredo Herkenhoff acrescentando um verso para cada verso do poema original de Nancy Cobo chamado Te Desejo. Duplicado, o Entrelace no Te Desejo ficou assim:
te desejo em todos os sentidos
até nos que possam estar com os cães em todos os latidos
quando deito e você não está ao meu lado
suavizo o susto deslizando no limo nenhum pecado
penso em tudo o que sentimos
o universo é o nosso muro de arrimo
e chego a sentir tuas mãos passeando
pela minha alma zanzando num silêncio de mosteiro
pelo meu corpo, sinto teu cheiro
A ausência não dá lugar a nenhum lamento
o gosto do teu beijo, nesse momento
é um embevecer de ter, de estar e ser
pensando em você eu chego ao êxtase.
eu poderia gritar, no prazer não me acanho
quando você chega e me convida para tomar banho
mas brinco de enforcar as palavras da saudade com espírito de porco
a água começa a bater no meu corpo
chuveiro brincalhão, fios de pingo de amor no coração quente
você vem passando levemente
este olhar que me mapeia extremidades e meios
o sabonete escorregando pelos meus seios
sinais de que o tesouro pertence a mim
massageando meu ventre, quando enfim
a convicção de que vai explodir é patente
chegando nas coxas, você suavemente
faz uma pausa para refluir e fluir mais forte a libido
ao abri-las faz com que o doce mel seja bebido
e nesse instante exato inventamos e rezamos uma mesma prece
e depois nesse banhar tudo acontece
te desejo
ai que molejo
tu me realiza
furacão e brisa
nós nos amamos...
e nem toda a polícia e suas patamos
podem impedir a delícia da guerra da nossa paz
até nos que possam estar com os cães em todos os latidos
quando deito e você não está ao meu lado
suavizo o susto deslizando no limo nenhum pecado
penso em tudo o que sentimos
o universo é o nosso muro de arrimo
e chego a sentir tuas mãos passeando
pela minha alma zanzando num silêncio de mosteiro
pelo meu corpo, sinto teu cheiro
A ausência não dá lugar a nenhum lamento
o gosto do teu beijo, nesse momento
é um embevecer de ter, de estar e ser
pensando em você eu chego ao êxtase.
eu poderia gritar, no prazer não me acanho
quando você chega e me convida para tomar banho
mas brinco de enforcar as palavras da saudade com espírito de porco
a água começa a bater no meu corpo
chuveiro brincalhão, fios de pingo de amor no coração quente
você vem passando levemente
este olhar que me mapeia extremidades e meios
o sabonete escorregando pelos meus seios
sinais de que o tesouro pertence a mim
massageando meu ventre, quando enfim
a convicção de que vai explodir é patente
chegando nas coxas, você suavemente
faz uma pausa para refluir e fluir mais forte a libido
ao abri-las faz com que o doce mel seja bebido
e nesse instante exato inventamos e rezamos uma mesma prece
e depois nesse banhar tudo acontece
te desejo
ai que molejo
tu me realiza
furacão e brisa
nós nos amamos...
e nem toda a polícia e suas patamos
podem impedir a delícia da guerra da nossa paz