terça-feira, 14 de julho de 2009

Estão certos Alex Ferguson e Parreira: sem tempo não se faz um grande time

Campeonato Brasileiro: um escândalo no meio de jovens talentos

Dez rodadas, nove técnicos rodaram. Se misturar a série B, a lambança dos cartolas é ainda maior.


Puta treinador, o que nos tirou da dor de 24 anos sem ganhar nada e nem chegar perto do Mundial da Fifa. Mas mesmo assim, um pequeno retrospecto negativo e é o fim. Carlos Alberto Parreira não é técnico do Fluminense. Em reunião com a diretoria das Laranjeiras, Parreira foi avisado que tinha dançado. Náutico demitiu Márcio Bittencourt e chamou Geninho. Nada me surpreende depois de 40 anos no futebol, disse Parreira sobre a própria queda. O técnico Arthuzinho não é mais do ABC de Natal, clube que anunciou Flávio Lopes como novo treinador. E Vágner Mancini não é mais o técnico do Santos. A diretoria de Vila Belmiro demitiu o treinador na noite de segunda-feira, 30 horas depois da goleada que o Vitória, em Salvador, por 6 a 2, impõs aos pupilos do time de Pelé. O substituto de Mancini ainda não foi escolhido. O Palmeiras tentou, convidou, conversou mas não levou Muricy Ramalho, porque este técnico que foi sacaneado no São Paulo é caro. Não adianta o economista Luiz Gonzaga Belluzzo dar uma de BNDES. O seu Palmeiras chora na sarjeta fingindo que é galático. A mesma vergonha, o contrato antidesportivo, pelo qual Obina não pode enfrentar o seu ex-clube rubro-negro, atinge toda a ideia de futebol bacana. O jogo desta quarta-feira, no Maracanã, Flamengo versus Palmeiras, na primeira partida depois do show do Rei Roberto Carlos no antigo Maior do Mundo, é uma ignomínia, a restrição a Obina é uma afronta ao bom senso, atinge democraticamente o Parque Antártica e a Gávea, e mais, atinge a Fifa e a CBF. Este tipo de contrato comercial é um afronta ao bom senso. Muricy talvez vá para as Laranjeiras. Parreira caiu porque a estrutura do futebol no Brasil é frágil. O Fluminense estava contratando craques, mas ninguém teve tempo nem tem para formar um belo grupo, nem em Álvaro Chaves nem em lugar nenhum. No Brasil, time campeão é passageiro. Campeonato embolado. Mais um. Bem faz Dunga, elogia todo mundo, mas começa a, sem alarde, manter o grupo. Viva Sir Alex Ferguson, mais de mil partidas pelo Manchester United. E ele avisa à praça neste julho de 2009: alô países emergentes e alô essa Europa do troca-troca e vende-vende: não contrato mais ninguém. Vou trabalhar em paz com meus meninos do Manchester.