quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Banda Boka de Espuma - Entrevista: 2/2

Flagrante da concentração para largada do desfile em Botafogo

Entrevista com Oswaldo Duarte Portella *

Festa com segurança, apoio municipal e patrocínio

A Banda Boka de Espuma enfrenta despesas crescentes para promover os desfiles. Explica seu presidente Oswaldo Portella: “Uma venda de camisetas já não é suficiente, como tempos atrás, para arcar com os custos de uma festa em que se exige cada vez mais planejamento para que haja diversão com total garantia de segurança”. Oswaldo não nega que a Boka de Espuma depende de patrocínio, sem o qual seria obrigada a hibernar.

Adverte ainda o presidente: “Com o crescimento dos blocos, é essencial a sintonia com a Prefeitura. A Boka de Espuma está em contato com a Administração Eduardo Paes, colaborando com sugestões para que a chamada bagunça organizada se realize de acordo com as normas municipais”.

Pela experiência de seus diretores, a banda sabe onde estão os desafios. Um bloco, quando cresce muito, precisa de espaço à altura, geralmente o Centro da Cidade, como ocorre sempre com o Cordão da Bola Preta e como ocorreu, em 2009, com o Monobloco, os dois atraindo centenas de milhares de foliões.

Já blocos de tamanho médio, como a Boka de Espuma, requerem outro gerenciamento. Oswaldo detesta que blocos pequenos ou médios causem transtornos na cidade. Por isso o desfile terá mais de dois km, para que ninguém fique mais de dez minutos em cada quarteirão. “ Às 17h, a banda dá a partida, da Rua Marques de Olinda, percorrendo as Ruas Muniz Barreto, São Clemente, Real Grandeza, Voluntários da Pátria e Praia de Botafogo, retornando pela São Clemente e Bambina para encerrar a festa na concentração por volta das 20h”.

Oswaldo promete: “Será uma alegria, mesmo para quem não sambar, ver velhinhos e crianças, homens e mulheres, gente bonita sorrindo, dançando e cantando numa trajetória previamente demarcada, com apoio de servidores municipais e estaduais, como Guarda Municipal, PM e outros prestadores de serviços”.

“Não tem coisa mais fora de moda do que arrumar briga em festa de carnaval”, afirma Oswaldo.

* Por Alfredo Herkenhoff

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