Viva a Unidos da Tijuca! Viva a comunidade do Borel. Muito Cruel, menino, é bom ficar de olho aí, o que eles falam não se deve nem ouvir! Reconhecer a importância social das jóias e a história das grandes casas do ramo como a Tiffany & Co., além de visões de gente de notório saber nessas questões de pedras preciosas. Os bastidores nos velhos carnavais de Van Cleef & Arpels. Mas o que vale um diamante na mão de um mendigo como Paulo Gamboa querendo comer um cachorro quente, beber uma cachaça e fazer um pipi nas ruas que já foram um dia de João do Rio? O governador Arruda quase comemorou a quase vitória da Beija Flor com o enredo chapa branca sobre os 50 anos de Brasília. A São Clemente chapa Branca voltou à série A com um enredo puxando o saco de Ed. Paes e Rodrigo. Império Serrano, sem grana e sem poder político, ficou em sexto cantando a alma encantadora do Rio dos grandes carnavais de outrora. Pelo menos não caiu para a terceirona do samba. A presença de Madonna frustrou o alpinismo social das pseudo celebriddes pretendendo um lugar ao holofote global. Quitéria Chagas, noiva de um italiano, voltou da Itália para sair de rainha da bateria imperiana. A maior passista dos dias de hoje está cada vez mais longe da Série A. Paulo Barros, o vitorioso, antes de se vangloriar, elogiou a beleza das outras escolas. Originário da Baixada, o carnavalesco é apenas mais um exemplo de como esta região maltratadada da metrópole é carioca do fundo da Baía de Guanabara. Grande Rio, de Caxias, e Beija Flor, de Nilópolis, apesar do poder político da Liesa e do apoio que recebem da mídia e do poder público, são exemplos maravilhosos de escolas com super participação da gente humilde que vive em seu entorno. A Liesa já esteve sob a liderança de Castor de Andrade e Luís Drummond. A Mocidade e a Imperatriz, depois disso, começam a sofrer a tortura dos décimos. Não fora Paulo Barros com seus segredos estupendos, teria dado Arruda na Sapucaí. A excelente técnica das duas escolas da Baixada e o poder político quase as levaram.a ganhar neste 2010. Mas mesmo se a Beija Flor tivesse ganhado, e Arruda comemorado na prisão, ninguém ousaria falar de décimos nas meias e nas cuecas. O que rolou, rolou, são pedras preciosas no carnaval rebolation do Brasil. Diogo Nogueira, o portelense, em vez de ajudar a escola de Madureira, preferiu a profissão e foi cantar samba dolente para quem prefere frevo. Também no Recife cantou samba do papai Zeca Pagodinho o seu discípulo Dudu Nobre. Porta-voz sonoro na campanha de Eduardo Paes no segundo turno, Dudu fugiu do carnaval do xixi. Apesar do calor de 40 graus, nunca se bebeu tanta bebida quente como nesta folia. A 51, a Ypioca e outras paratis agradecem pela ajuda extermporânea com a repressão ao vazamento da loura gelada e diurética. Horas depois deste Correio da Lapa pedir 100 mil banheiros em 2011 e nenhuma prisão, a prefeitura carioca anunciou nesta quarta de cinzas que vai aumentar bastante o número de mictório com tecnologia batava no ano que vem. Mas a solução é mais simples: mobilizar 50 mil botecos e restaurantes da metrópole com seus banheiros, incentivá-los a permanecer abertos, criar com isso até empregos provisórios. Carnaval é atividade econômica para o ano inteiro e, nos quatro dias de folia, é isso mesmo, folia com xixi, sexo, samba e política.
Por Alfredo Herkenhoff
Para saber um pouco sobre uma canção com uma triste emoção da comunidade do Borel (hoje alegre pela vitória neste carnaval de 2010), clique no link a seguir e veja letra e ouça música do saudoso Sérgio Sampaio na interpretação esplêndida de Luiz Melodia >
http://correiodalapa.blogspot.com/2009/08/cruel-cancao-de-sergio-sampaio-contra-o.html