sábado, 17 de abril de 2010

Análise da foto do beijo que Collor deu em Dilma

Não me escandalizo com as mesuras em torno do poder. Sempre foi assim, nada diferente de FH então com Jader, ACM e Arruda. Muito me admira que a oposição se escandalize. Lula tem compromisso com a governabilidade. Voto é voto, são só 81 senadores, todos velhas raposas. Nunca os mais pobres comeram tão bem como hoje, apesar do MST e de petistas históricos a la Hugo Chávez. O ciclo de Lula não acabou. Lula Vitalino, o garanhão de Garanhuns!
Beijar a mão é o maior gesto do respeito q se tem a quem a tem beijada. Exala fidelidade, como no anel do papa. Beijar a mão de senhora que já é mãe não deve ser jamais ato corriqueiro. Pompa, sim. Aliás, os lábios nem precisam tocar no dorso da mão estendida. O que surpreende é Collor, por altivez de avatar, não se curvar devidamente. A arrogância não lhe permitiu tanto. E Dilma, por notória falta de tato, ergue excessivamente o braço, ou deixa que seja suspenso pelo senador. Melhor teria sido se fugisse do gesto e desse tapinha carinhoso, tipo palma escorrendo na bochecha como a debochar: eu te manjo, cara...
(Por Alfredo Herkenhoff, Correio da Lapa)