Agora, entre tantas dúvidas, o Dia Mundial do Meio Ambiente foi apenas um pretexto, mais um, para o Correio da Lapa de Vocês na contramão das tendências, lapa de sexo rápido, inseguro, anônimo, politicamente mentiroso, lapa com este estrago de texto extenso, disfarçado de espelho crítico daquela mídia que abala tudo, menos duas coisas: o poder político que a sustenta e a si própria, sua necessidade de cultuar a audiência como se fosse uma doença sem cura.
Aqui no Correio da Lapa de Todos não se cultua nem vocação para se achar endereço da verdade, quanto mais lugar de sugestões (de pesquisas) condenando postagem de textos longos. No Correio da Lapa de Ninguém sempre haverá essas notícias comentadas, sem limites de linhas, sobre coisas que dão ibope: Berlusconi, vírus, delinquentes, sexo, Lula, Dilma, poder, escândalos, nudez famosa; haverá, noutra escala, o mesmo que há na grande imprensa, mas sempre notícias recheadas de especulações, estas dúvidas derradeiras, haverá sempre essas contrariedades e contradições do desejo de parar com este blogue-jornal e nunca parar.
Sem merecer ainda um lugar ao sol, e ainda nem mesmo um lugarzinho no tal cemitério do lixo da história, melhor então enterrar antes o Dia Mundial do Meio Ambiente em qualquer nosocômio. Melhor refletir sobre o que vai além deste duplo dois pontos: Se o cão é o maior amigo do homem, o Correio da Lapa virou meu ou nosso cachorrinho digital, navegação do coração, virou bóia digital no Atlântico trágico, Atlântico que engole fisicamente consumidores de toda ordem, conscientes e inconscientes, ecologistas serenos e fundamentalistas. Menos mal se o cachorrinho seguir boiando, latir, cheio de vida, exalando uivos de esperança para todos os náufragos do Airbus do passado e do presente, menos mal se o cachorrinho digital fizer submergir o oceano tenebroso sob este amoroso ponto final.
Por Alfredo Herkenhoff