Março de 2012:
As
autoridades indignadas com o secretário-geral da Fifa por ter este
usado expressão quase chula, disse que o governo precisa de um chute no
traseiro para fazer a Copa de 2014; Atrasos, burocracia, ufanismos do
tipo o Brasil é soberano. Estamos brincando com a História.
Agora há
pouco, Dilma e staff na Alemanha, a ladainha dos queixumes, palavreado
chulo contra o dirigente do Futebol Associado.
Apesar
da UPP no Rio, não há muito a fazer mais em termos de novas propagandas
para seduzir... Temos muita violência e pouco transporte.
Nesse ritmo,
a Fifa, com um telefonema, transfere o Mundial para Madri-Barcelona,
EUA/Obama/Chicago pós reeleição ou leva para Tóquio pós
Tsunami/Fukushima.
As obras aqui estão atrasadas. Não é questão de
semântica do porta-voz dos velhinhos da Fifa, é presunção e desídia
nossas o que está em jogo.
A Fifa confirmou hoje que Jèrôme Valcke
voltará ao Brasil na segunda-feira da semana que vem, 12 de março. E se não houver
interlocutor, porque o poder público não quer Jérôme mais neste papel de
supervisor, quem corre risco é 2014.
Uma vez o presidente Ronald
Reagan veio ao Brasil e disse: I am glad to be here in Bolivia.
Alertaram-no: não é Boliva. Ele acrescentou: Sorry, here in Colombia.
Este país já sentiu o drama de ganhar e não levar. Telefonaram pro
México em 1985 e lá se fez o Mundial de 1986. A Colômbia preferiu ficar
com as FARC, o Cartel do Pó, ainda não existia crack, e com os
políticos. Bogotá levou um chute no traseiro e está ardendo até hoje.
A Fifa é muito mais poderosa do que o PIB chinês do Brasil.
Lapa, Lagoa do Boqueirao, óleo de Leandro Joaquim, 1789, aqui como mera ilustração.