sexta-feira, 19 de abril de 2013

Romário e taxas cornuárias de ricos e famosos

COLUNA DO CORREIO DA LAPA

Neymar fica ou não fica?

 Nos últimos dias, o Galvao Bueno, o Casagrande, O Caio, o Helena e outros comentaristas esportivos parecem fazer coro defendendo a ida de Neymar para a Europa. Queixam-se da atuação do craque na Seleção. Reclamam de um suposto cai-cai, alegam que o moleque amadureceria entre clubes grandes como Barça, PSG, Milan etc. Mas o jovem namorado da Bruna Marquezine - ele só está no Brasil porque um pool de 17 grandes empresas o patrocinam - responde aos críticos com o que mais sabe: golaços, como o da noite desta quarta-feira. Neymar se livrou de quatro defensores que tentaram em vão atingi-lo à queima-roupa na grande área. Neymar inventou um espaço mínimo com rara destreza para proteger a bola e endereçá-la às redes do Flamengo, ainda bem que do Piauí. Não custa lembrar, no último amistoso da Seleção, Neymar, em apenas 45 minutos, marcou dois gols contra a pobre Bolívia.


Pato pagando o pato. Quem mandou se separar?


A Justiça mandou Alexandre Pato, de 23 aninhos,  indenizar a bela atriz  Sthefany Brito,  de 25 aninhos. Eis a conta: R$ 900 mil de uma só vez e mais 18 suaves prestações mensais de R$ 50 mil durante um ano e meio, tudo isso pra que a ex possa voltar ao mercado televisivo sem pressões nem constrangimentos. O atacante do Corinthians queria dar apenas R$ 5 mil, sem considerar que gastou só na festa do badalado casório em 2009 a bagatela de hum milhão.

Mulher também é despesa. Por isso alguns mais exaltados dizem que casamento é a maneira mais cara de transar com uma mulher de graça.


Romário e taxas cornuárias de ricos e famosos


Quando em 1995 Romário se separou da primeira de suas inúmeras mulheres, a Mônica Santoro, esta mulher, que então levava o caçula Romarinho no colo, disse chorando que não ia querer nada do Baixinho, um tostão sequer. Mas, anos depois, em 2009, Romário passou uma noite preso por atraso na Pensão Alimentícia da Mônica, uma bela grana na ocasião,  RS 80 mil por mês. Ao ser libertado da DP da Barra da Tijuca, Romário foi cercado por repórteres, mas preferiu atender a dois jovens que lhe pediam autógrafo. Assinou assim: "Romário PA".  Pois essas duas assinaturas, devido à raridade de conter as letras iniciais de Pensão Alimentícia, valem hoje uns R$ 5 mil cada. Nada mal, mas nem de longe suficiente para bancar nenhuma taxa cornuária de ricos e famosos.

Não custa lembrar, além de craque, Romário vem se saindo como excelente deputado federal, mestre em denunciar esquemas, esqueminhas e esquemões. Parabéns, Baixinho!


Só para não passar em branco, a venda do jogador vascaíno Dedé ao Cruzeiro, por R$ 14 milhões, rendeu a Romário R$ 1 milhão, Depósito em juízo. O Vasco ainda precisa honrar mais algumas suaves parcelas. 


Maratona do Terror

Com perdão da má palavra, um irmão que jogou bombas em Boston é uma besta e o outro irmão é um bosta. O palavrão é quase sempre censurado na imprensa porque a verdade quase sempre vem com letra miudinha. Cuidado com as grandes manchetes.  Nos jornais, a boa notícia quase sempre aparece de preto. Noticia boa não é notícia. A exceção é: "A Guerra Acabou". A explosão ontem da fábrica de fertilizantes no Texas é uma noticia maravilhosa, é o chamado belo horrível. Liberou mais energia do que a soma de todos os atentados a bomba cometidos no Líbano, Iraque e Afeganistão nos últimos 30 anos.  


 Coreia do Norte com bomba. Coreia do Sul com bamba 


 Enquanto a Coreia do Norte ameaça começar uma guerra nuclear, não se sabendo se isso é piada ou terror, a Coreia do Sul surpreende com música e dança. Nesta semana,  aquele cara do "Gangnam Style", aquela dança meio desengonçada, o rapper sul-coreano Psy, depois de um longo período só curtindo o primeiro sucesso mundial, lançou uma nova música. Em dois dias, o novo video do campeão do Youtube atingiu mais de 200 milhões de visualizações na internet.  


Rômulo Costa de olho nos sucessos repentinos


 No Brasil, fenômeno semelhante ao rapper Psy ocorreu com o video da música Passinho do Volante, 30 milhões de visualizações em quatro meses. Este funk carioca, também conhecido como Ai Leleke, teve os direitos comprados pelo esperto Rômulo Costa, dono da empresa de bailões Furacão 2000. Mas uma briga começou em março, quando o produtor Edimar Pedro Santana, da  Lek Produções, alegou em juízo que era o dono dos Lelekes, a garotada do Jacarezinho que canta e dança "girando, girando" com máxima alegria. Edimar alegou que era dono também da marca MC Federado, ou seja, alegou ser dono dos autores da música que toca o tempo todo em todo canto. Funk sem palavrões, o Passinho do Volante anima o comercial  recém-lançado do automóvel Classic.

Provavelmente, Rômulo Costa, que esta semana recuperou os direitos do Passinho do Volante, estará em breve pilotando essa nova beleza da Mercedes Benz.


Viva o Rio


A Lapa está voltando a ser a Lapa: reduto de grandes artistas, grandes boêmios, grandes jornais...

Por Alfredo Herkenhoff
Rio de Janeiro, 19 de abril de 2013