sábado, 21 de janeiro de 2012

Eike Batista Verdades e mentiras sobre O X da Questão (6/12)



         Eike Batista tem um barco, o Pink Fleet, que pode ser visto na Marina da Glória, outra concessão sua, diante do Hotel Glória, mas é insignificante perto dos mais belos iates do mundo. Puxa! Dê uma olhada no iate do russo Abramovich! Puxa, veja o jatão de Abramovich! Temos certeza de que estamos errados com essa desconfiança sobre a fortuna de Eike Batista, que vive cercado de globais, príncipes árabes, pilotos aéreos, pilotos náuticos, esportistas, mas isso é pouco. Talvez ele não seja tão rico assim. O que ele já fez até hoje parece ainda pouco mesmo para quem invadiu a revista Forbes pela primeira vez só  no ano de 2008.
Eike Batista nunca terminou a universidade. Chegou a estudar metalurgia na Alemanha, mas caiu fora antes da metade do curso para mergulhar fundo atrás de minas de ouro no início. Ele escreveu com Roberto D’Ávila que vendia seguro de porta em porta na Alemanha. Que tipo de seguro? De vida ou plano de saúde? Apólices de 100 mil dólares. Cada venda lhe rendia 400 dólares de comissão. Nessa mesma ocasião, Eike também vendeu diamantes para joalheiros europeus, mas ele diz que agia apenas como um dealer, sim, de novo comissões.
 Eike largou os estudos na Alemanha para se embrenhar na Floresta Amazônica. Ele disse que em um ano ou dois comprou mais de 60 milhões de dólares em ouro. Levou até um tiro nas costas de um garimpeiro que lhe devia e não gostou de ser cobrado nem de um xingamento de Eike Batista. Mas como pode um estudante vendendo carnê da Amil na Alemanha fazer girar 60 milhões de dólares em um ano e meio, tudo isso aos 23 anos de idade, na virada da década de 1970 para 1980? Essa brincadeira perigosa lhe rendeu 6 milhões de lucro. Quem financiou o filho de Eliezer Batista? Capitais da Inglaterra e da Holanda? Esses dois países são exímios exploradores do subsolo alheio. Não há diamante no chão dos Países Baixos. Mas os diamantes estão nos palácios nos dois lados do Canal da Mancha, estão nas cabeças coroadas. Engenheiros desses dois países dispõem de recursos tecnológicos, possuem satélites para ver a riqueza de longe.
Em seu livro, Eike diz que dois joalheiros amigos no Rio de Janeiro, Aaron e Mendel, lhe emprestaram 500 mil dólares para o primeiro mergulho na terra de ninguém chamada garimpo quando ele voltou da Alemanha para ficar rico. Na primeira incursão, Eike conta que foi roubado e que os dois amigos voltaram a lhe emprestar meio milhão de dólares. Também nos primórdios Eike conta que recebeu ajuda do empresário Olavo Monteiro de Carvalho. (continua)