sábado, 28 de abril de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
Salve Jorge no lançamento do livro de Vera Curi
DE
MEL
E
TEMPESTADES
Vera Curi lança seu livro de poemas agora, segunda-feira, dia 23 de abril de 2012... Salve
Jorge! Às 19h, na Laura Alvim, em Ipanema, como noticiou em
O Globo o colega Joaquim Ferreira dos Santos. Estaremos lá na Avenida Vieira Souto 176.
Pincelando o prefácio do colega Arthur José Poerner:
Vera Curi, jornalista, artista plástica talentosa e devidamente
laureada, resolveu pintar em poemas ou emoldurar com palavras o que lhe
pareceu não caber nas suas telas. Mas, seria possível, por exemplo,
expressar com o pincel a dor e o desespero de mãe ao perder, de maneira
especialmente trágica e inesperada, sua única filha, Alessandra, de 30
anos?
Ouço teus passos?
Ou o vento insiste em me lembrar???
Quando pincelavas o verniz nas madeiras
e borboletas amarelas e brancas até enlaçarem
nem sentiam o cheiro forte de solvente,
parecias uma pintura deAuguste Renoir.
É uma poesia que nos remete, em certos momentos, ao impressionismo de
alguns dos quadros do pintor francês, pelas manchas de luz e de sombra
de uma alma dilacerada pela irremediabilidade de uma perda.
Em pleno século XIX, distante do tempo,
no tempo do celular piscando...
Entro em casa e na sala a realidade da TV de plasma
me assusta e você não vem...
Poemas como cores e sons de uma angústia.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Beto Monteiro, a melhor MPB na Lapa nesta sexta, 13 de abril de 2012
Nesta sexta-feira,
13 de abril, o velho malandro Beto Monteiro se apresenta de
novo na Toca da Formiga, um antiquário na Rua da Lapa, 102, a 40 metros do
Teatro Cecília Meirelles.
Beto Monteiro com chapén e bom apetite ao lado do jornalista Álvaro Costa e Silva, o Marechal, fazendo pouco caso da spaguetada servida pelo sempre gentil e bem humorado garçom Cícero. Restaurante Nova Capela, idos de 2006. (Arquivo do Correio da Lapa).
Música de alta qualidade, ambiente que faz
lembrar as velhas rodas de samba que marcaram a nova fase feérica da Lapa a
partir dos Anos 90 na Rua do Lavradio, onde hoje pontifica o RioScenarium, com aquele
clima descontraído, sob animação de gene como Lefê Almeida, Hélio Delgado, Zózimo
Bubul etc. em meios a móveis antigos, lances surreais.
Na Toca da Formiga, Beto Monteiro toca e canta num antiquário que
também é gráfica/editora, onde sobressai
um Fusca pendurado sobre nossas cabeças,
no teto da casa, literalmente de cabeça pra baixo, você vendo as rodas, o
chassis do velho besouro que não queremos nunca em extinção.
Sim, a fase ainda é heróica, a cozinha da Toca
da Raposa se limita a cerveja, uns poucos destilados e tira-gosto do tipo
queijo. Nada além. Ainda não á propriamente cozinha, mas um início, e lá está uma
laboriosa senhora, a atendente de nome Eliete, que prepara uma caipirinha com
muito esmero. E tudo a bon marché. Cabem apenas
umas 50 pessoas sentadas nos velhos bancos, cadeiras, algumas centenárias até.
Dez pratas pra entrar.
E músicos de primeira linha. Nesta sexta, Beto Monteiro traz como convidados Victor Bertrami,
baterista da família jazzística do Azimuth, Roberto Loureiro e sua magic flute e o pianista José Pité, um
craque de um balanço prazeroso, da turma
de O. Milito, ambos consagrados na noite
desde dos tempos da Bossa Nova. É bom reservar mesa pra não assistir em pé (tel:
2224.7938) . Mas mesmo de pé também é muito bom.
É como se fosse
um botequim mágico, lapiano como quase não há mais nesses tempos de choque de
ordem turistóide. Fui sexta passada e vou de novo amanhã. Noitada certa a
partir das 21h. E lá pelas onze e tantas, quem quiser, ou puder, estica pelas
bandas do Largo da Lapa lotado ou avança pelo Leblon adentro.
A Toca da Formiga fica ao lado do estacionamento
da ACM, Associação Cristã dos Moços, que nome mais singelamente demodê! My God!
Então combinamos assim: nos vemos amanhã lá na
Toca da Formiga, uma miniatura do clima igualmente mágico do RioScenarium em
seus primórdios.
(Por Alfredo Herkenhoff, Rio de Janeiro, quinta-feira, 12 de abril de 2012)
Assinar:
Postagens (Atom)